domingo, 29 de abril de 2018

Trialética Conceitual: Uma Perspectiva Para A Compreensão Do Lugar


Sinopse trialética conceitual: uma perspectiva para a compreensão do lugar

A discussão acerca da dinâmica social tem sido pauta de intensos debates nos mais variados espaços, tanto em ambientes acadêmicos quanto em plenárias legislativas. Esse fato evidencia a atual necessidade de compreensão do território, sua constituição identitária e desenvolvimento social. Desde os acadêmicos às autoridades públicas necessitam compreender as particularidades dos espaços urbanos. Por esse motivo, este livro busca despertar e encaminhar seu leitor nos conceitos interfaceados da Geografia com a Filosofia, possibilitando profundas reflexões contextualizadas e novas inquietações acerca da atual conjuntura social.

A tríade espacial de Brasília, por Soja

Introdução - SciELO Livros

books.scielo.org/id/jbt6b/pdf/catalao-9788579831058-02.pdf
elaborado por Soja (1996; 2000), tendo em vista subsidiar as análi- ses sobre o espaço metropolitano de Brasília. A conceitualização da trialética espacial de Soja, embora efetiva- mente presente apenas a partir do segundo livro de sua trilogia7 de- dicada a analisar a sociedade com uma preocupação eminentemente


(...)

Abordando as relações entre o vivido e o concebido,
Lefebvre mostra-nos que o vivido, âmbito
de imediatidades, não coincide com o concebido.
Entre um e outro opera uma zona de “penumbra”
na qual opera o percebido. O percebido corresponde
a algum nível de entendimento do mundo,
funda atos, relações, conceitos, valores, mensagens,
verdades... O percebido do mundo está,
inexoravelmente, envolto em representações, e
portanto situa-se no movimento dialético, que
nunca cessa, entre o concebido e o vivido.
(Seabra, 1996, p.80)
Este livro tem a finalidade de compreender a configuração do
espaço metropolitano de Brasília, diferenciando-se de outros porque
a análise se faz sob a ótica da vida quotidiana e da produção do
espaço vivido como síntese da relação entre os espaços percebido e
concebido, sumariamente esboçada na citação de Seabra.
A análise sobre a capital federal terá como pano de fundo uma
discussão teórica acerca do espaço geográfico e da relação espaçosociedade
a partir do diálogo com autores como Henri Lefebvre
e Edward Soja, além de outros da Geografia e das demais ciências
preocupadas com a dimensão espacial da sociedade.

A alienação da dialética, por Cesar Ramos

SUMÁRIO
 I. INTRODUÇÃO 3
 II. A MÁ TEMÁTICA 5
O embuste de Platão 6
A astúcia de Maquiavel 10
O espião Galileu 14
Bacon à moda da casa 17
 A tolice de Descartes 19
O incomparável Newton 29
 III. A “DOILÉTICA” DE HEGEL 36
O notável lacaio 36
As pernas mecânicas 50
O pequeno falsário 58
 As fantasias de Freud e Marx 75

 IV. FIM DA DIALÉTICA, COMEÇO DA ODISSÉIA 83
 Dialética x somalética 83
 O fim da dialética 95
 2001, a Odisséia recém começa 105
 BIBLIOGRAFIA 113
3
A ALIENAÇÃO DA DIALÉTICA
 À Maria Lúcia, sua rainha.
 INTRODUÇÃO
 As verdades
4
dissipar dúvidas, indagações ainda não completamente safisteitas. Pelo
caleidoscópio investigativo atendemos a recomendação do velho químico
Gaston Bachelard PhD, para quem “um conhecimento mais profundo é
sempre acompanhado de uma abundância de razões coordenadas.”(2)
 Todas as razões são poucas para preencher tão profundo ardil. O tema
permite e até requer um volume triplicado; à velocidade, todavia,
preferimos compacto, de alta densidade. O canal pode ser tratado.
 O motivo seria inócuo, se a dialética e os episódios que deu causa se
tivessem resumido àquelas parcas épocas, mas não: os intelectos desses
monstros sagrados da ciência combinaram-se para empurrar a
humanidade ao precipício da insensatez, do massacre coletivo, desde as
peripécias de Cromwell até ao oportunismo de Napoleão, emergente de
uma sangrenta Revolução travestida de democrática e daí às guerras
civis e mundiais que se sucederam. Embora o linchamento de Mussolini e
a queda do muro, infelizmente suas perfídias não se extinguiram; e até
hoje impregnam muitas constituições, sempre conservadas e até
aprimoradas pelo poderoso de plantão como ferramenta ideal para a
dominação total, objetivo de todo “partido”. A permanência desses
obtusos pré-fabricados torna-se indesculpável. Mais do que nunca, é
possível atingir suas subterrâneas e camufladas bases pseudo-científicas,
raízes de onde emanaram as ervas daninhas e o podre odor suavizado
pel.666.1’89+as gotas dos seus falsos ideais. Chegaremos mais
próximos da reorganização e de um reacomodamento natural,
paradoxalmente, lançando um cocktail desintegrativo na torpe novela que
dimensionaram. Como disse Ortega Y Gasset, “o homem que descobre
uma nova verdade científica precisou, anteriormente, despedaçar em
átomos tudo o que aprendera, e chega à nova verdade com as mãos
sujas de sangue do massacre de mil superficialidades”. (3)
 À guisa de atenuar a forte tonalidade das comparações, apropriamonos
das palavras de Albert Einstein... “Se, no que se segue, eu vier a
expressar minhas idéias um tanto dogmaticamente, será apenas em
nome da clareza e da simplicidade”-(4)
 ...consignando, entretanto, a ressalva: diferentemente do gênio, não
apresentamos, de modo direto, novas idéias - o livro é menos escrito por
nós, muito mais pelos vultos; mas atiramo-nos na chance de reuni-los.
 Com você, a insensatez, a alienação provocada pela dialética,
acrescida de algumas de suas mais graves consequências
epistemológicas, sociais, econômicas, ecológicas, políticas, jurídicas,
éticas e morais .

A alienação da dialética, por

"(...)

INTRODUÇÃO As verdades só são fecundas se forem ligadas umas às outras. Henry Poincaré (1) Que senso norteia o método dialético para extrair suas conclusões? Quem foram seus principais formuladores, além do faminto e criativo Platão? Que influência ele exerceu na reinauguração da cientificidade, no século XVI? Como a Matemática e, por consequência a Física arrastou não só a Engenharia, a Arquitetura, ou até mesmo a Medicina, mas também a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia, Biologia, Antropologia, a Economia, até o Direito? Que formulações daí emanadas seriam fortes para acender, inclusive, o fogo do ódio entre os povos? Infelizmente todas as ciências, especialmente as humanas e, por consequência a política, amarram-se nessa ingênua metafísica. Por ela escorregaram Platão, Maquiavel, Galileu, Bacon, Descartes, Newton, Hobbes, Rousseau, Bentham, Mill, Proudhom, Hegel, Malthus, Darwin, Ricardo, Freud, Comte e Marx. Felizmente, todavia, no limiar do século XX, vimos esta mais antiga receita de averiguação e prática de lêdo engôdo ser completamente abandonada, flagrada em falsidade de base e propósito pela própria ciência exata que a consagrara. No século XXI, o da maioridade civil, as disciplinas de humanidades começam a promover sua mutação. As informações, outrora truncadas, herméticas, enfeixadas, mistificadas, censuradas por perigosas, ou de acesso dificultado, são desvendadas ao mundo dos normais. O cidadão comum vê emergir, apesar de uma infinidade de mitos e obstáculos dogmáticos, a majestosa reversão científica que, sob os auspícios do gênio, modifica nosso entendimento simplesmente sobre tudo. A velocidade das comunicações, a qual já não conhece tempo, nem barreira, sequer distância, indica que o político terá que ser sua imediata expressão, sob pena de triste fim. Trouxemos esses dados, afirmações e considerações após navegar dez anos por diversos mares e galáxias, em variadas circunstâncias; mas, na carona da luz, qualificamo-nos a deslizar instantaneamente pelo espaçotempo, à cata dos subsídios e relações capazes de reduzir ou mesmo 4 dissipar dúvidas, indagações ainda não completamente safisteitas. Pelo caleidoscópio investigativo atendemos a recomendação do velho químico Gaston Bachelard PhD, para quem “um conhecimento mais profundo é sempre acompanhado de uma abundância de razões coordenadas.”(2) Todas as razões são poucas para preencher tão profundo ardil. O tema permite e até requer um volume triplicado; à velocidade, todavia, preferimos compacto, de alta densidade. O canal pode ser tratado. O motivo seria inócuo, se a dialética e os episódios que deu causa se tivessem resumido àquelas parcas épocas, mas não: os intelectos desses monstros sagrados da ciência combinaram-se para empurrar a humanidade ao precipício da insensatez, do massacre coletivo, desde as peripécias de Cromwell até ao oportunismo de Napoleão, emergente de uma sangrenta Revolução travestida de democrática e daí às guerras civis e mundiais que se sucederam. Embora o linchamento de Mussolini e a queda do muro, infelizmente suas perfídias não se extinguiram; e até hoje impregnam muitas constituições, sempre conservadas e até aprimoradas pelo poderoso de plantão como ferramenta ideal para a dominação total, objetivo de todo “partido”. A permanência desses obtusos pré-fabricados torna-se indesculpável. Mais do que nunca, é possível atingir suas subterrâneas e camufladas bases pseudo-científicas, raízes de onde emanaram as ervas daninhas e o podre odor suavizado pel.666.1’89+as gotas dos seus falsos ideais. Chegaremos mais próximos da reorganização e de um reacomodamento natural, paradoxalmente, lançando um cocktail desintegrativo na torpe novela que dimensionaram. Como disse Ortega Y Gasset, “o homem que descobre uma nova verdade científica precisou, anteriormente, despedaçar em átomos tudo o que aprendera, e chega à nova verdade com as mãos sujas de sangue do massacre de mil superficialidades”. (3) À guisa de atenuar a forte tonalidade das comparações, apropriamonos das palavras de Albert Einstein... “Se, no que se segue, eu vier a expressar minhas idéias um tanto dogmaticamente, será apenas em nome da clareza e da simplicidade”-(4) ...consignando, entretanto, a ressalva: diferentemente do gênio, não apresentamos, de modo direto, novas idéias - o livro é menos escrito por nós, muito mais pelos vultos; mas atiramo-nos na chance de reuni-los. Com você, a insensatez, a alienação provocada pela dialética, acrescida de algumas de suas mais graves consequências epistemológicas, sociais, econômicas, ecológicas, políticas, jurídicas, éticas e morais .



"(...)

5. A tolice de Descartes

 A perfídia dialética varou os séculos riscada por governantes e
eclesiásticos, perfazendo trágicos destinos aos povos; Ficasse aí
resumida, poderia ser mais facilmente extinta, bastando impedir novas
aventuras megalomaníacas. Porém, há mais outro pormenor daquela
maternidade, muito vigente, com alguns rebentos ainda em expansão! - a
dialética antes atinge as ciências exatas pela lógica, pelo número, pela
matemática, retornando às humanas armadas para subjugá-las
inapelavelmente, estratégia de Platão. A mathésis universalis*
constituia-se na antena da sapiência:
 “O radical da palavra grega “mathemática” é mathein, que quer dizer
captar, aprender, apanhar. A captação é mathéma (ou mathésis) de que
deriva a nossa palavra matemática, designando não uma construção
mental, mas uma captação de uma realidade já existente.” (1)
 Acrescenta Russell: “O que ocupava a mente dos filósofos matemáticos
de modo mais especial era a unificação da aritmética e da geometria,
problema finalmente resolvido com grande brilho por Descartes, dois mil
anos depois.” ( 2 )
 René Descartes (1596-1650) de Vienne, na época com 27 anos,
considerado fundador dessa moderna filosofia. Veio com aquela
intenção, de encher o homem. Malgradas escassas advertências,
ascendeu fulgurante; e com slogan de libertador! Finalmente a ciência
racional poderia “desenvolver-se para extrair verdades seja de que
assunto for” (3), como auguravam Platão e Bacon. Observa Koyré:
 “Ocorre que para Aristóteles a geometria era apenas uma ciência
abstrata. Por isso, a geometria nunca poderia explicar o real. As suas
leis não dominam o mundo físico. O estudo da geometria não precede o
da física. Uma ciência do tipo aristotélico não se apoia numa metafísica.
Conduz a ela, em vez de partir dela. Uma ciência tipo cartesiana, que
postula o valor real do matematismo, que constrói uma física
geométrica, não pode dispensar uma metafísica. E tem mesmo que
começar por ela. Descartes sabia-o. E Platão, que fora o primeiro a
esboçar uma ciência desse tipo, sabia-o igualmente.” (4)
 A simploriedade mental de Descartes sentenciava:
 “Toda a filosofia é como uma árvore cujas raízes são a metafísica, o
tronco a física, e os galhos que saem desses troncos são todas as
outras ciências, que se reduzem a três principais – a medicina, a
mecânica e a moral.” (5)
20
Para fundar tamanhos pilares, o francês mergulhou no universo da
precisão querida. Com o decifrar, com o cálculo, por ironia, Descartes se
persuadiu; e induziu a humanidade a subir, degrau por degrau, à
cobertura da inútil torre, a nova babel que ainda sobe, a “Rebabel”,
razão do Clero refutá-la; afinal, a Bíblia trata do Verbo, não do número.
A marôta fêz-se totalmente prejudicial:
“Nenhuma disciplina poderá outorgar para si própria um lugar de onde
deduzir um saber absoluto e final. Quando as ciências, a prestigiosa
matemática ocupou este lugar, revelou-se então mais mutiladora do que
a rainha!” (6)
Lemkow assinala o aspecto mais desumano que constatou: “Descartes
sustentava que não apenas os vegetais e os animais, mas também o
próprio corpo humano eram máquinas.” (7).
 O “homem” surgido dessa obtusa racionalidade fez-se ambíguo: “objeto”
para o saber e “sujeito” que conhece. Japiassu acrescenta: “A antiga
oposição homem/Deus substituía-se pela oposição homem/mundo.Melhor
ainda: pela oposição Sujeito/Objeto.” (8)
Damásio define:
“Qual foi, então, o erro de Descartes? Ou, melhor ainda, a que erro de
Descartes me refiro com ingratidão? Poderíamos começar com um
protesto e censurá-lo por ter convencido os biólogos a adotarem, até hoje,
uma mecânica de relojoeiro como modelo dos processos vitais. Mas
talvez isso não fosse muito justo, e comecemos, então, pelo “penso, logo
existo”. (9)
 O que não pensasse não poder existir? Ou, como ironiza Russel: “De
outro modo, poderíamos dizer igualmente “Ando, logo existo”, pois, se
ando, é certo que devo existir.” (10)
 Ao elementar equívoco, o próprio Damásio contrapõe “No entanto, antes
do aparecimento da humanidade os seres já eram seres.” (11)
No que consiste o método? Responde-nos Gilles-Gaston Granger:
"Convém efectivamente distinguir dois pólos de todo irredutíveis da idéia
de método. Um corresponde às noções de ´receita´, ´procedimento´,
´algoritmo´, que descrevem detalhadamente a concatenação do que
deve ser feito. O outro corresponde ao conceito de estratégia, que não
fornece necessariamente uma indicação particularizada dos actos a
cumprir, mas somente do espírito dentro do qual a decisão deve ser
tomada e do esquema global no qual as acções devem decorrer... o
aspecto principal parece ser o método como estratégia." (12)
 Como Platão, Maquiavel e Hobbes, o francês também exibia tudo
dividido, configurado numa sobreposição hierarquica, parte por parte, tal
qual o Universo para ele se mostrava: “Não há nada no conceito de
corpo que pertença a mente, e nada na idéia de mente que pertença que
ao corpo” (13).
 Dois século após, Hegel, sem a menor originalidade, numa espécie de
vulgata epistemológica, usou o mesmo princípio, até para se valorizar:
“Ser é ser pensado”. (14)
 O poeta e ensaísta Octavio Paz relata seu diálogo com Joseph Brodsky:

Segue link para pesquisa na íntegra

https://bibliopedra.files.wordpress.com/2015/09/alienac3a7c3a3o-da-dialc3a9tica-a-cezar-ramos.pdf


sábado, 28 de abril de 2018

Trialética na Teoria do Conhecimento


Postado por Gilson Schwartz
Visões axiomática, semântica e pragmática do conhecimento científico. Trialética a superar o dilema internalismo X externalismo no fenômeno da linguagem vista como fluxo, processo, projeto.

Ênfase no contexto 16/05/2008 

Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Uma concepção do conhecimento científico que, em uma abordagem alternativa à filosofia da ciência tradicional, não leve em consideração apenas postulados e modelos, mas também o contexto em que o conhecimento humano é produzido.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Leituras culpadas, marx(ismos) e a práxis do conhecimento**


Eduardo Grüner*





Posto que n?o há leituras inocentes,
comecemos por confessar de que leituras
somos culpados

Louis Althusser


A frase de Althusser que preside este texto é –para diz?-la com uma express?o cara ao filósofo franc?s– sintomática: revela um problema consubstancial a algo que pudesse ser chamada de uma teoria do conhecimento (ou uma “gnoseologia”, ou uma “epistemologia”) que também pudéssemos chamar “marxista” (uma denominaç?o por sua vez problemática, posto que já s?o incontáveis os “marxismos” que t?m visto a luz –e muitas sombras– desde o próprio Marx até aqui). Esse problema é de difícil, se n?o impossível, soluç?o, mas seu enunciado é relativamente simples: n?o há leitura inocente, isto é, toda interpretaç?o do mundo, toda forma de conhecimento do real está inevitavelmente situada pelo posicionamento de classe, a perspectiva político-ideológica, os interesses materiais, os condicionamentos culturais ou a subjetividade (consciente ou inconsciente) do “intérprete”.


Idéia Sem Matéria